Ao contrário da população, mosquito da dengue tem moradia sobrando

Segunda-feira, 14 de junho de 2021


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O pneu é um excelente criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e algumas atitudes dos seres humanos podem agravar muito a proliferação da doença: não dar a destinação correta para os pneus usados. Com isso, o mosquito, ao contrário da população, realiza o sonho da “casa própria” sem gastar nada. E isso se repete em todos os locais onde tem água parada, aumentando ainda mais o número de “residências” para o Aedes.

         Em Mandaguari, as equipes do setor de Vigilância em Saúde encontram diariamente pneus nos mais variados locais: terrenos vazios, calçadas e estradas rurais. “O descarte irregular destes pneus, além de contribuir para proliferação do mosquito da dengue, também problemas ambientais, além de servir também para criadouro de escorpiões, por exemplo,”, alerta o chefe do setor de Vigilância do município, o veterinário Adriano Rodrigues Borges.

MUDANDO DE ENDEREÇO

         O ovo da fêmea do Aedes tem uma capacidade de sobreviver até um ano. "Como a fêmea não deposita seus ovos diretamente na água, ela os coloca na parede do depósito, que mesmo seco, viabiliza a sobrevivência do ovo por um ano", afirma Borges. Por isso, existe uma grande possibilidade de o mosquito ser levado para outro lugar em razão do transporte de pneus.

LOGÍSTICA REVERSA

         No caso dos pneus, em Mandaguari, existe uma empresa instalada no Parque Industrial III, ao lado do Jardim Boa Vista, para onde são destinados. Através do programa Reciclanip foi firmada parceria com a empresa que recebe o material, sendo esta considerada uma das maiores iniciativas da indústria brasileira na área de responsabilidade pós-consumo, também conhecida como logística reversa. O trabalho de coleta e destinação de pneus inservíveis realizado pela entidade é comparável aos maiores programas de reciclagem desenvolvidos no país, em especial, ao de latas de alumínio e embalagens de defensivos agrícolas.

O projeto Reciclanip teve início em 1999, com o Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis implantado pela Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), entidade que representa os fabricantes de pneus novos no Brasil. Ao longo dos anos, o programa foi sendo ampliado para todas as regiões do País e os fabricantes decidiram criar uma entidade voltada exclusivamente para esse fim.

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