Segunda-feira, 25 de novembro de 2019
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Para homenagear as mulheres vítimas de feminicídio e lembrar o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher instituído no dia 25 de novembro, o Conselho Municipal da Mulher e a Prefeitura de Mandaguari, através da Secretaria de Assistência Social, realizou um ato de reflexão na Praça Tiradentes, onde foram fixadas cruzes representado cada mulher assassinada este ano Paraná.
A ação “Vozes contra o Machismo” busca conscientizar as pessoas sobre os dados alarmantes e mais recorrentes contra as mulheres. No Brasil, 43% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente. Em média, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no país, que está entre os cinco do mundo com maior taxa de violência contra a mulher, vitimando uma mulher a cada 8 horas. Em 2018 foram registrados 1.206 casos de feminicídio no Brasil. Até julho deste ano, 61 mulheres foram assassinadas no Paraná.
O prefeito Romualdo Batista participou do ato e reforçou a importância de lutar pelos direitos e dignidade das mulheres diariamente. “Que a partir de hoje, com a importância dessa ação, as mulheres tenham a luta pelos seus direitos e por sua liberdade sua diariamente. Que os homens aprendam a dar valor, a respeitar, a compartilhar e a cuidar de suas companheiras, de suas filhas e das mulheres próximas. Cada uma de vocês tem uma história particular de vida e merece todo nosso carinho, respeito e admiração. Contem sempre comigo e com nossa administração que tem um olhar sensível à causa de vocês”, afirmou Batistão.
A presidente do Conselho da Mulher de Mandaguari, Oriana Perin, ressaltou que o Paraná é o terceiro no ranking brasileiro de feminicídio. “Precisamos nos unir, nos apoiar e lutar. Em 2019, o número de assassinatos somente pelo fato de serem mulheres cresceu 47.7%. Podemos e devemos nos atentar ao nosso redor e desconstruir o ditado de que “em briga de marido e mulher não se mete a colher” dando voz, denunciando e salvando a vida de alguém”.
O vereador Jocelino Tavares frisou a covardia do homem que agride e mata uma mulher. “As mulheres devem e merecem ser respeitadas e terem o lugar de destaque. Todo homem que agride uma mulher não tem dignidade e esquece que saíram do ventre de uma mulher. Lutem pelos seus direitos e façam valer suas vozes”. Participaram da ação as secretárias de Governo, Vainê Michelan e de Assistência Social, Gisele Knupp.
EXPOSIÇÃO
Além das cruzes que representam os assassinatos no estado do Paraná até julho deste ano, a Secretaria da Mulher levou a exposição “Música: Uma construção de gênero” para a Praça Tiradentes, que reproduz uma ação promovida pela prefeitura de São Leopoldo.
Os cartazes com trechos de músicas conhecidas demonstram como as mulheres são tratadas de forma pejorativa com músicas incitando a violência, o feminicídio e a cultura do estupro.
“O tempo está mudando, a vida evoluindo e a violência contra a mulher aumentando. É inadmissível uma mulher morrer ou ganhar menos apenas pelo fato de ser mulher. Essa é uma causa humanitária, minha, sua, das crianças, dos idosos, dos ricos, pobres, negros e brancos. Precisamos agir, dar um basta e nos ajudar. Não é preciso muito para lutar por um mundo melhor. Basta que haja coração pulsante e sangue correndo nas veias”, finalizou a vice-presidente do Conselho, Vilmara Gouveia.
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